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Depois da vergonhosa goleada para o Senegal, CBF não quer mais Ramon sozinho comandando a Seleção Brasileira

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A goleada que Senegal aplicou no Brasil ontem, por 4 a 2, fez a Federação Africana de Futebol desmoralizar o futebol pentacampeão mundial publicamente.

E mais do que isso, fez a cúpula da CBF entender que Ramon Menezes não está capacitado para ser o técnico da Seleção Brasileira.

Não para comandar sozinho o time. A maneira com que ele abriu desesperadamente a equipe contra o Senegal, facilitando a vexatória goleada teve reflexos profundos.

Foi a primeira vez, desde 2014, quando o Brasil perdeu para a Alemanha por 7 a 1, que o Brasil toma quatro gols em uma só partida.

Por mais fácil que sejam as Eliminatórias Sul-Americanas, com seis vagas e meia para a Copa, seis primeiros e a sétima equipe disputando repescagem, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, percebeu o ambiente péssimo e sem respeito pela Seleção.

O amistoso de ontem em Portugal foi desgastante demais para o ambiente.

Considerado um desastre.

Ele quer que Carlo Ancelotti, que se comprometeu em assumir o Brasil em julho de 2024, indique o mais rápido possível alguém de sua confiança para trabalhar com Ramon.

O presidente da CBF já quer repartir a responsabilidade com Ancelotti. E, só não assume, mas sabe que a pressão de comandar o Brasil é demais para Ramon Menezes.

Daí o pedido por reforço.

Davide, o filho de Ancelotti, não deveria ser uma opção, já que é seu auxiliar no Real Madrid. Mas a situação da Seleção Brasileira é muito preocupante. Pior do que todos esperavam. Até mesmo o técnico italiano.

E virou urgente para Ramon ter um orientador. Ele simplesmente não conseguiu organizar e nem cobrar os jogadores da Seleção. Daí mais um vexame nas suas mãos. Foi o treinador na derrota para o Marrocos, no primeiro amistoso depois da Copa do Mundo. E ontem foi o responsável pela goleada.

“O time não conseguiu mostrar o melhor. Faltou todo o time ser mais agressivo, dividir a bola que precisava, o lance que devia cobrir. Temos muito que trabalhar e melhorar. Em muitos lances faltou colocar pé firme, e não aconteceu. Futebol é isso, contato”, desabafou Ederson, goleiro campeão da Champions League, envergonhado com a goleada, com os quatro gols que sofreu.

Já temendo vaias, pressão, xingamentos e, principalmente, falta de apoio, Ednaldo Rodrigues repetirá uma velha estratégia da Seleção Brasileira: fugir de São Paulo, Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro.

Levará os primeiros jogos das Eliminatórias para o Nordeste, onde a torcida é carente de partidas importantes. E muito mais receptiva a partidas da Seleção. A começar pela partida contra a Bolívia, dia 4 de setembro. Depois, a Venezuela, dia 9 de outubro.

O confronto contra a Argentina, dia 21 de novembro, só será em São Paulo, no Rio ou no Rio Grande do Sul, se o Brasil estiver muito bem nas Eliminatórias. Se não estiver bem, poderá ir para o Nordeste também ou Brasília, onde a exigência também é quase nula.

A entrevista de Ramon Menezes após a goleada de ontem foi a pura tradução de insegurança, de incerteza.

“O mais importante é ter coragem. Hoje poderíamos ter saído daqui com trabalho coroado. Futebol, ou você ganha, ou aprende. A gente sai aprendendo muito, isso é importante para esse grupo, que vai enfrentar vários desafios pela frente.

“Agora, neste momento, paro para descansar. Vou esperar o contato do presidente, para sentar, para conversar, para ver minha posição dentro da CBF e sempre com objetivo de ajudar.”

Ou seja, o treinador interino não tem a menor noção se vai continuar comandando a Seleção ou não.

Ou seja, está claro que ele precisa de alguém para orientá-lo.

Ou até mesmo no lugar dele, enquanto o Brasil espera por Ancelotti.

E perde o respeito até das seleções africanas…

Fonte: Gazeta Digital

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