Casas alagadas e destelhadas, ruas inundadas e carros submersos, são alguns dos prejuízos notificados em Cuiabá na tarde de quarta-feira (28) em decorrência da forte chuva. De acordo com a Defesa Civil, os bairros da região Sul foram os mais atingidos, com acúmulo de 70 milímetros de águas pluviais.
Famílias chegaram a perder móveis, vestuários e alimentos, não sabendo sequer onde iriam dormir. No Tijucal, moradores atravessaram as ruas em uma canoa.
“Há 3 anos vivemos esse pesadelo. Basta uma chuva mediana para a casa alagar. A gente sempre consegue erguer as coisas, mas agora foi tudo muito rápido. Quando vimos, a água já estava dentro de casa, tomando conta de tudo”, conta Gorete Lopes Cardoso Oliveira, 39, moradora do bairro Vila Nova do Coxipó.
Na tarde de ontem, ao entrar na residência o que se via eram roupas, móveis, eletrodomésticos, brinquedos e alimentos perdidos após serem alcançados pela água da chuva. O filho caçula de Gorete, Alisson Azafe, 3 anos, estava com as pernas sujas de lama.
“A água entrou, me molhou e molhou todas as nossas coisas”, disse o pequeno ainda sem entender a gravidade da situação. O imóvel tem dois quartos e ambos estavam com as camas tomadas por objetos Cuiabá debaixo d’água Chuva invade casas, alaga trincheira e população contabiliza os prejuízos Da Redação Elayne Mendes que a família conseguiu “salvar”.
Porém, a água subiu tanto que atingiu até mesmo os colchões, impossibilitando o uso. “Não sei onde vamos dormir, porque não temos a quem recorrer, somos nós por nós mesmos”, diz Gorete, que está gestante de 3 meses. Além dela, moram na casa o marido, Manoel Oliveira Lima, e os 4 filhos do casal com idade entre 3 e 11 anos.
O sonho da família é conseguir uma casa nova, em um local seguro para viver. Mas, sabendo da dificuldade, Gorete pede ajuda com tijolos, cimento e aterro para construir uma barreira no fundo da casa e evitar que a água entre novamente. Para ajudar a família o contato é pelo telefone (65) 99283-9135.
A vizinha de Gorete também teve a casa inundada. Até as panelas foram tomadas pela água que invadiu o imóvel que é de madeira e, inclusive, está com a estrutura comprometida justamente por causa das consequências da chuva. “Acabou tudo. Não tem mais nada. Salvamos apenas algumas roupas”, diz Maria Divina Clara de Oliveira, 57, que vive no local com 3 filhos.
Para a família todo tipo de ajuda é bem vinda. Interessados em colaborar podem acionar Eliane, que é nora de Maria, pelo telefone (65) 99800-1872.
Fonte: Gazeta Digital
