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Policias estão afastados e investigados por Corregedoria

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Os três policiais citados por envolvimento na morte do tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Carlos Henrique Scheifer, respondem a procedimento demissório e estão afastados das funções. O processo está em fase de conclusão pela Corregedoria da Polícia Militar.

 

Na 11ª Vara Criminal e Justiça Militar, o processo já teve julgamento e ainda cabe recurso. O cabo Lucélio Gomes Jacinto foi condenado a 20 anos de prisão por matar o oficial com tiro de fuzil. Apesar da pena, ele recorre em liberdade.

Ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado por traição/emboscada, crime para assegurar a impunidade e homicídio em situação de serviço.

Os outros dois acusados, o 3º sargento Joailton Lopes de Amorim e o soldado Werney Cavalcante Jovino foram absolvidos.
Conforme nota divulgada pela Polícia Militar, a conduta do trio é apurada e eles podem ser exonerados por conta da morte da morte do comandante do grupo.

“A Polícia Militar informa que não coaduna com os possíveis desvios de conduta de seus integrantes”, garantiu a corporação.
Como ainda está em tramitação a investigação interna, não há previsão de demissão dos agentes. Além disso, eles ainda podem recorrer do resultado final do procedimento. Enquanto isso, os militares cumprem funções administrativas e estão afastados das funções de campo.

“Corregedoria Geral da Polícia Militar está produzindo o relatório conclusivo de procedimento administrativo demissório, no qual analisa disciplinarmente e no âmbito administrativo a conduta dos investigados que também figuram como parte (réus) na ação penal que tramita na 11ª Vara Especializada da Justiça Militar”, completa a nota.

Julgamento
Julgamento foi realizado no dia 24 de março e durou cerca de 9 horas até o resultado da sentença ser divulgado pelo Conselho de Justiça composto por Polícia Militar Thiago Ignacio Cardoso da Silva, primeira tenente da Polícia Militar Thallita Kelen Fonseca Castrillon, pelo capitão do Corpo de Bombeiros Lucas Souza Chermont e tenente coronel da Polícia Militar Alex Fontes Meira e Silva. A audiência foi presidida pelo presidida pelo juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Justiça Militar.

Todos votaram pela condenação de Lucélio por homicídio triplamente qualificado e pela absolvição dos demais. A decisão acompanhou parecer do Ministério Público Estadual (MPE) e contrariou o voto do juiz de Direito que afirmou que o militar, Lucélio, mentiu, mas não há como provar que foi ele quem atirou e matou o oficial.

O caso
O policial foi morto aos 27 anos com um tiro de fuzil que o atingiu no abdômen, durante operação no distrito de União do Norte, em Peixoto de Azevedo. Os policiais estavam em busca de criminosos da quadrilha de assalto a banco, na modalidade “novo cangaço”. Ele chegou a ser levado para o hospital da cidade, mas não resistiu.

A princípio, Lucélio disse que houve confronto e o colega baleado. Depois, quando saiu o resultado da balística, foi comprovado que o tiro que matou o tenente foi disparado pelo fuzil dele.

O militar disse que disparou, mas não sabia que tinha acertado o colega de operação. Ele nega o assassinato.

 

Lucélio e a vítima teriam desavença, pois o oficial havia recebido denúncia contra o atirador sobre irrregularidades na conduta como policial. O homicídio de Scheifer seria a alternativa para que ele não fosse denunciado à Corregedoria.

Fonte: Gazeta Digital

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