O ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) afirmou que a invasão russa na Ucrânia já impacta no bolso e chegou à mesa dos mato-grossenses, com a disparada no preço das commodities e dos alimentos.
Durante visita ao Palácio Paiaguás nesta semana, Maggi afirmou que vivemos em uma “aldeia global” e que tanto o Brasil quanto os demais países estão sofrendo as consequências da guerra.
“O preço da ração, do milho, do farelo, do frango, tudo subiu. Infelizmente, a gente paga essa inflação, esses altos custos de produção, na alimentação”, disse.
“Porque você faz soja, milho, produtos para alimentar os animais, mas os animais nos alimentam. No dia a dia, bate na mesa de cada um”, completou.
O preço da ração, do milho, do farelo, do frango, tudo subiu. Infelizmente, a gente paga essa inflação, esses altos custos de produção, na alimentação
Dados divulgados nesta sexta-feira (11) pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que o conflito deve resultar em aumento de mais de 20% no preço dos alimentos no mundo.
Maggi salientou que é claro para os consumidores a diferença de preços nos supermercados pagos hoje em comparação com um ano atrás.
“A inflação nos pegou em cheio e agora, a alta dos produtos agrícolas têm muito a ver com essa questão aí do petróleo, principalmente, e também dos insumos”, afirmou.
A guerra na Ucrânia também se reflete na alta do barril de petróleo, que nesta semana ultrapassou a casa dos US$ 115.
Como resultado, a Petrobras anunciou um novo reajuste, já válido, que elevou o preço da gasolina em 18,8% e do diesel em 24,9%. O gás de cozinha não ficou para trás, sofrendo um reajuste de 16,1%.
“[O aumento do diesel] atinge na veia. O preço do transporte sobe no dia seguinte, o caminhoneiro em si, quem transporta não pode bancar essa diferença. Quem banca essa diferença é o consumidor”, avaliou o ex-ministro.
Fonte: Mídia News