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Mauro diz que apesar de ter criado ‘Núcleo de Apoio à Primeira-Dama’, Virgínia não ‘mandava’ na Prefeitura

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O governador Mauro Mendes (DEM) rebateu a fala do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), e disse que apesar de o ‘Núcleo de Apoio à Primeira-Dama’ ter sido criado em sua gestão à frente da Prefeitura de Cuiabá, sua esposa, Virgínia Mendes, não mandava e nem tinha ações não-republicanas. Emanuel fez a afirmação para rebater acusação do Ministério Público Estadual (MPE), que acusou Márcia Pinheiro de comandar ‘organização criminosa’ e a proibiu de frequentar a Prefeitura de Cuiabá.

“Primeiro, você pode ter as mesmas secretarias ocupadas pelas mesmas pessoas… lá nas secretarias de alguns governos atrás, aqui dentro do Governo [do Estado], tinha uma roubalheira danada. No nosso, eu acredito que vocês não têm nenhuma notícia disso”, afirmou o governador.

Para Mauro, o Núcleo tem por objetivo auxiliar nas políticas sociais importantes. “A Virgínia faz isso muito bem hoje dentro do estado de Mato Grosso. Ela auxilia muito a assistência social, de forma voluntária, não recebe um centavo de salário. Mas ela precisa andar, precisa se deslocar, precisa de pessoas para apoiar na execução dessa ação”, justificou.

Apesar de defender o Núcleo, o governador, no entanto, afirmou que as ações de sua esposa são diferentes das que Márcia é acusada. “Ela não manda aqui dentro do governo, ela não dá ordem, ela não nomeia ninguém, não faz coisas que não sejam republicanas, e lá Prefeitura era a mesma coisa. O importante é você fazer aquilo que a lei permite, e não fazer aquilo que está claramente vedado na legislação brasileira”, completou, durante entrevista coletiva na última quarta-feira (1).

Já as declarações de Emanuel foram feitas em sua primeira coletiva após retorno ao cargo, realizado no dia 26 de novembro. Ele e sua esposa foram alvos da Operação Capistrum em 19 de outubro, por supostas irregularidades em contratações de temporários e pagamento do prêmio saúde.

Na decisão que proibiu Márcia de entrar na Prefeitura, o desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça (TJMT) afirmou que durante a deflagração da Operação Capistrum, verificou-se que a sala ocupada pela ex-secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza foi denominada de Núcleo de Apoio à Primeira-dama. No entendimento do magistrado, com base nas informações do MPE, apesar de Márcia não ocupar qualquer cargo público, ela atuava ativamente na gestão do município, dando ordens aos secretários e servidores.

Mas, de acordo com Emanuel, a sala em questão foi criada em 2014, na gestão de seu antecessor Mauro Mendes (DEM), para atender a então primeira-dama Virginia Mendes, o que o governador confirmou.

Fonte: Olhar Direito

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