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Emanuel revela que Márcia foi contra nomeação de Elizete e Huark e diz que primeira-dama foi injustiçada

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O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) revelou, em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (1), que a primeira-dama Márcia Pinheiro foi contra a nomeação de Elizeth Araújo e Huarck Douglas a secretários de Saúde. Emanuel ainda argumentou que a esposa foi injustiçada e foi “afastada sem ter cargo público”.

“Afastaram ela sem ter de onde ser afastada, porque ela não ocupa cargo público, ela não tem… a participação da Márcia na minha vida sempre foi assim, como deputado, como vereador, como prefeito, ela quer o melhor, ela quer que o marido dela faça o melhor por Cuiabá para que a gente faça muito pela cidade, pelos mais pobres, pelos menos favorecidos e ela vê muita coisa que ela quer ajudar, que ela quer alertar. Se dependesse da Márcia, Elizeth não seria secretária. Quantas vezes o Huarck passou a manhã inteira na minha casa esperando para falar com a Márcia e ela não recebeu? Ela foi contra a nomeação dele? Ela não atendia nenhum dos dois”, afirmou Pinheiro.

Segundo Emanuel, as ações de Márcia podem ter provocado a ira dos ex-secretários, que envolveram o nome da primeira-dama em sua delação premiada. Ele também revelou que a primeira-dama reclamou porque o prefeito “sempre falava em seu nome”. “É um absurdo, além de tudo, envolver a minha esposa em um delato público, por quê? Porque ela cobrou que se fizesse o certo?”, questionou o prefeito.

“Você não procura o melhor para o seu marido? Se puder ajudar o seu marido na atividade dele, você não vai ajudar, você não vai dar uma opinião? Se ele puder então, não interferência como querem colocar, organização criminosa? Criminoso do que? Qual foi o crime que eu cometi? Que a Márcia cometeu, só para ajudar, para fazer, para tentar fazer em Cuiabá uma saúde modelo que está aí reconhecida em nível nacional?”, completou Emanuel.

A operação deflagrada em face do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), investigava o pagamento de uma verba chamada “Prêmio Saúde”. Segundo o Ministério Público, pagamentos foram efetuados sem parametrização alguma quanto ao valor e aos cargos que deveriam fazer jus ao referido benefício. A gratificação também descumpriria normas impostas pelo Tribunal de Contas (TCE-MT).

A ex-secretária de Saúde Elizeth Lúcia de Araújo, à época da operação, prestou informação afirmando que os valores variavam entre R$ 70 e R$ 5 mil, e afirmou que a quantia era determinada livremente pelo prefeito de Cuiabá e pela primeira dama, Márcia Pinheiro.  Ambos, conforme depoimento, mandavam “bilhetes” por meio de Ivone de Souza, ex-secretária adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, definindo o valor que cada servidor tinha que receber de Prêmio Saúde.

Emanuel negou as acusações. “Não vai [me] pegar porque eu não faço nada errado e não falo para secretário fazer nada errado, e se fizer, arque com as consequências. Então criaram essa questão da criminalização da indicação política, dos cargos públicos, um absurdo, uma prática normal no país dessa ética e dentro da legislação vigente comum. Eu mostrei aqui e agora pegaram a Márcia. Ela até fala, eu sempre te falei de parar de falar meu nome. Tenho mais essa culpa agora”, completou.

Fonte: Olhar direto

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