O governador Mauro Mendes (DEM) descartou reduzir os impostos sobre os combustíveis no Estado de Mato Grosso como o presidente Jair Bolsonaro sugeriu, na última semana, que os governos estaduais façam. A declaração de Mauro ocorreu em entrevista à Rádio Conti Cuiabá 103,7 FM, nesta segunda-feira (22). Ele argumentou que o Estado não tem como suprir a arrecadação sobre os combustíveis e ainda lembrou as pedaladas fiscais do governo Dilma Roussef, que culminaram em impeachment.
Mauro disse que não vai fazer nenhuma “medida populista” pensando na reeleição em 2022.
“Vou tomar as medidas corretas, se a gente puder diminuir algum imposto a gente vai, não tenham dúvida disso. Eu também não gosto desse tal de imposto. Eu sou cidadão também pago imposto. Sou empresário também pago imposto. Nós pagamos”.
O superávit que o Estado teve no exercício orçamentário de 2020 vai ser devolvido ao cidadão que paga imposto, mas em forma de melhorias com os investimentos. Ele, ainda, argumentou que, “ao contrário do Governo Federal, governos estaduais e municipais se faltar dinheiro não podem emitir título ou emitir dívida para outros pagarem”.
“Ano passado o Governo Federal fechou o ano com o maior rombo da história do Brasil, foram mais mais de R$ 700 bilhões de déficit. Ou seja, do que o Governo arrecadou faltou, ficou devendo, porque teve que ir a banco pegar dinheiro emprestado. O problema é que o Governo Federal pode fazer isso. Então ele gasta, faz o que acha que deve e o que o Congresso autoriza fazer”, assinalou recordando das pedalas fiscais do então governo de Dilma Rousseff (PT).
Imagem: Cristiano Antonucci
Fonte: https://www.reportermt.com.br/poderes/mauro-descarta-cortar-icms-para-baixar-preco-dos-combustiveis-e-fazer-populismo/131946