Time tentou adiar jogo com o Cuiabá, mas pedido foi negado; eles perderam por 4 a 0
O presidente do Guarani, Ricardo Moisés, classificou como um “equívoco” da CBF o não adiamento da partida contra o Cuiabá disputada nesta quinta-feira (14), na Arena Pantanal, pela 35ª rodada da Série B.
Em entrevista coletiva concedida nesta sexta (15), o mandatário bugrino disse que a entidade deveria ter adiado o confronto. Com 17 jogadores infectados com Covid-19 e apenas 13 saudáveis à disposição para o jogo, o Guarani solicitou à CBF que mudasse para a partida para o dia 27 de janeiro, mas não foi atendido.
A entidade alegou problemas no calendário e sugeriu que o duelo acontecesse nesta sexta, mas o clube de Campinas preferiu jogar o quanto antes para retornar para casa o mais breve possível.
Com apenas dois atletas no banco de reservas e jogadores recém-recuperados de Covid-19 em campo, o Guarani acabou derrotado por 4 a 0 e ficou mais distante da briga pelo acesso.
“O relacionamento do Guarani com a CBF é muito bom. Temos uma proximidade muito grande com o Rogério Caboclo [presidente], com o Walter Feldman [secretário-geral]. Acho que, após o jogo, fica mais fácil falar, e ficou claro que os atletas do Guarani não tinham condições de realizar o jogo. Acredito que houve um equívoco e que, se fosse reanalisado, seria adiado para o dia 27, conforme solicitação do Guarani”, disse o presidente bugrino.
Questionado se faltou bom senso à CBF, Ricardo Moisés afirmou: “Se fosse melhor avaliado, o jogo teria sido adiado e teria evitado situações como a do nosso lateral esquerdo passando mal. Acredito que hoje, diante de tudo que aconteceu, caso ocorra situações assim, serão melhores avaliadas”.
Ricardo Moisés explicou a decisão do Guarani em jogar na quinta e disse que o próprio elenco preferiu retornar à Campinas o quanto antes por conta do surto.
“A gente fez um requerimento à CBF pedindo o adiamento do jogo para o dia 27. Ainda na manhã, por volta das 12h, foram confirmados mais dois casos e, diante de toda essa situação, entramos em contato com a CBF e explicamos que só tínhamos 12 jogadores concentrados em Cuiabá. Eles mencionaram que só haveria possibilidade de alteração de ontem para hoje, e não para o dia 27”, disse.
“Em conversa com o departamento de futebol, os atletas que foram detectados [com Covid-19] e estavam concentrados queriam voltar para casa o mais rápido possível, para ter cuidados médicos adequados e não permanecer mais em Cuiabá. Então, o conselho de administração e o departamento de futebol optou por esse sacrifício que o Lucas Abreu fez de pegar um voo de 2 horas e chegar em cima do jogo em prol da coletividade, de todo elenco, para diminuir o sofrimento dos jogadores em Cuiabá”, acrescentou.
Por fim, Ricardo Moisés sugeriu que a CBF altere o protocolo que vem sendo utilizado para definir se haverá ou não jogo por conta de surtos de Covid-19.
“O protocolo tem uma interpretação dúbia. O Guarani tinha 13 atletas aptos, porém, um estava em Campinas, e tinham 12 em Cuiabá. Vale uma reavaliação do protocolo para esclarecer esse ponto, onde o ideal seria que mais de 13, porque vimos que não é suficiente. Tinha que ser mencionado 13 atletas aptos no local da partida, e não de atletas inscritos, como consta hoje”, completou.
O Guarani volta a campo na próxima quarta (20) para receber o Vitória no Brinco de Ouro da Princesa, pela 36ª rodada da Série B.
O time bugrino deve ser reforçado por sete jogadores que terminam o isolamento por Covid-19 na segunda (18): os goleiros Gabriel Mesquita e Jefferson Paulino, os zagueiros Bruno Silva, Wálber e Victor Ramon, o meia Lucas Crispim e o atacante Waguininho.
Também retorno o meia Arthur Rezende, que cumpriu suspensão diante do Cuiabá.