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Pedagoga faz vaquinha para custear tratamento de filho com câncer

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A pedagoga Ariana Clara criou uma vaquinha online para ajudar a custear o tratamento de seu filho, Walmir Neto, de apenas 13 anos, que foi diagnosticado com um câncer raro. O estudante chegou a contrair Covid-19 no hospital.

 

A doença foi descoberta em maio deste ano. Walmir estava sentindo fortes dores e os pais decidiram levarem o filho ao médico para descobrir o que estava causando as crises.

 

No hospital, a primeira suspeita foi de pedras nos rins, que foi confirmado posteriormente, porém Ariana também teve a triste notícia de que o estudante estava com um tumor acima do rim esquerdo.

 

“Fui buscar um oncologista no mesmo dia, foi algo muito surreal. Me lembro de pensar que não queria ir para casa sabendo que meu filho tinha algo dentro dele e que eu não sabia o que era”, contoou a mãe, em entrevista ao MidiaNews.

Walmir foi internado no Hospital do Câncer e passou por uma série de exames até ser diagnosticado com Neuroblastoma Supra-Renal, que tem origem do sistema nervoso. Ariana relatou que esse tipo de câncer é um dos mais comuns entre crianças de até 5 anos, mas o surgimento na adolescência é considerado raro.

 

Após vinte dias internado, os médicos decidiram a linha de tratamento e submeteram Walmir a 10 sessões de quimioterapia. O ataque intenso foi escolhido para tentar diminuir o tamanho do tumor, que já media cerca de 16 centímetros.

 

Apesar dos esforços, a família foi novamente surpreendida de forma infeliz quando o estuante contraiu a Covid-19 e precisou interromper o tratamento.

 

O jovem precisou se curar completamente do vírus para que pudesse retomar as quimioterapias. Ele também foi submetido a uma reavaliação para saber se o câncer havia regredido. No entanto, não só os exames não mostraram nenhuma redução, como apontaram que o tumor havia crescido para 18 centímetros.

 

Os médicos então decidiram atacar mais intensamente o câncer, com mais 11 sessões de quimoterapia vermelha, a mais forte disponível em Mato Grosso. Foram cinco tipos de medicamentos diferentes e sete horas em cada sessão, tornando o sofrimento quase insuportável para Walmir, segundo a mãe.

 

“Foi muito agressivo, invasivo e afetou todo o sistema imunológico. Ele ficou com as plaqueta quase zeradas, anemia profunda, imunidade quase zero, precisou receber sangue, plaquetas, e mesmo assim o tumor permaneceu do mesmo tamanho. A massa interna aumentou 10% e não valeu de nada todo o sofrimento que meu filho teve de agosto para cá”, relatou.

 

Mudança de tratamento

 

Após nenhuma evolução no tratamento, os médicos concluíram que Ariana deveria buscar um hospital especialista para conseguir avançar com a recuperação do filho.

 

A família pesquisou e encontrou os tratamentos mais eficazes em São Paulo. Uma das terapias é com MIBG que, segundo ela, funciona na regressão desse tipo de tumor.

 

No entanto, como não há uma previsão de quanto tempo durará o tratamento, Ariana já entende que vai precisar abandonar sua vida em Cuiabá. Por isso, ela e família decidiram criar a “vaquinha” online para arrecadar dinheiro e conseguir custear o tratamento do filho, que não é coberto pelo Sistema Único de Saúde, além de pagar estadia, transporte e alimentação enquanto a família tenta se reestabelecer no novo Estado – clique AQUI.

 

“Deixarei casa, família, emprego, tudo, para viajar e restaurar a saúde do meu filho. Nós conseguimos marcar uma consulta para 9 de outubro e lá ele vai precisar refazer todos os exames iniciais, e isso terá custos, por isso precisamos de doações”, explicou.

 

O tumor que cresceu em Walmir é silencioso e os médicos não sabem dizer há quanto tempo o adolescente convive com a doença, já que ela não apresenta sintomas e apenas foi descoberto em decorrência da pedra no rim.

 

Além do tratamento de quimioterapia, a cirurgia de remoção do tumor também pode ser exigida, e se tratando de um procedimento invasivo e arriscado para um garoto de 13 anos, a família apela por ajuda para conseguir ter suporte e ter os recursos para reverter esta situação o quanto antes.

 

Hoje, após as 21 sessões de quimioterapia intensiva e de contrair o novo coronavírus, Walmir ainda está se recuperando, mas Ariana disse que a famíia e os amigos têm esperanças de que logo sua saúde será reestabelecida e ele poderá voltar a atuar e estudar com toda sua força.

 

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