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Pais se desesperam com suspensão no atendimento

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Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: JOãO VIEIRA

Desespero. Essa é a situação dos pais que foram levar os filhos ao Pronto Atendimento Infantil do Hospital Estadual Santa Casa e se depararam com a porta fechada na manhã desta quarta-feira (26). A unidade suspendeu os atendimentos, temporariamente, desde as 19h do dia anterior, em razão da superlotação.

O espaço tem capacidade para atender 120 crianças por dia e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), a procura aumentou muito devido à dengue, zika e chikungunya, além dos casos de vírus respiratórios. Está é a segunda suspensão do atendimento em menos de uma semana. Na última quinta-feira (20), a mesma situação aconteceu e os atendimentos voltaram à normalidade no dia seguinte.

Sem saber da suspensão, muitas mães foram em busca de atendimento para os filhos. Nem mesmo as crianças que já tinham sido atendidas na unidade puderam entrar. Mesmo depois de ficar do meio-dia de terça-feira (25) até as 3h da manhã de ontem no Pronto Atendimento Infantil da Santa Casa, Brenda Lima, 26, moradora no bairro Doutor Fábio, chego cedo nesta quarta-feira (26) com o filho Brain Lourenzo, 7. Ele está com suspeita de apendicite e foi liberado durante a madrugada com a orientação de retornar após os exames realizados ficarem prontos.

“Estou surpresa porque não deixaram entrar nem mesmo para pegar os exames. Estou há um ‘tempão’ com ele do lado de fora, não é justo, é revoltante”. Nervosa com a situação de Brain, Brenda queria ao menos ter acesso ao resultado da tomografia para buscar atendimento em outra unidade. “Se for apendicite, ele terá que operar com urgência, porque pode estourar. Ele não está comendo, sente muita dor e vomita muito. No caso dele, deveria dar prioridade, não era nem para ter mandado a gente voltar para casa”.

Outra situação é da autônoma Eliane Alves, 37, moradora no bairro Goiabeiras, que chegou cedo com o filho nos braços. “Ele está com febre, diarreia, barriga inchada e vomitando. Há 5 dias está desse jeito e não melhora. Eu já tinha trazido ele aqui, mas os medicamentos que o médico passou não estão surtindo efeito. Por isso, retornei”.

Segundo Eliane, o segurança não permitiu a entrada, informou que a unidade estava lotada e a orientou a buscar atendimento em outro lugar.

“É muita falta de respeito, os exames dele estão aqui, não adianta eu ir em outra unidade”. Ela revela que chegou às 6h30 e até as 9h ainda não tinha conseguido ter acesso aos exames. Nesse tempo, conta que várias pessoas buscaram atendimento e acabaram indo embora.

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