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População de onças-pintadas reduziu 30% em 30 anos e estudo monitora animais

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Entre os animais silvestres que mais sofrem com a redução das áreas de floresta nativas, a onça-pintada (Panthera-onca) é hoje apontada oficialmente como espécie vulnerável no Brasil e, por isso, tem sido alvo de muitos estudos que monitoram sua população, hábitos e fatores que ameaçam a espécie, como os incêndios florestais. Considerado o maior felino das Américas, em Mato Grosso, a espécie está presente no Pantanal, na Amazônia e no Cerrado.

Estudos científicos realizados desde a década de 1980 demonstraram que a população de onça-pintada na Amazônia estava estimada em 10 mil indivíduos e nas últimas 3 décadas perdeu 30% da sua população. Em alguns estados do sul do Brasil, a Panthera onca é apontada como espécie criticamente ameaçada.

Para entender o cotidiano das onças-pintadas da Amazônia em uma área totalmente conservada e livre de qualquer ameaça, é preciso saber entre outras coisas os períodos do dia de maior atividade, os locais de maior concentração e como a espécie se comporta em áreas que existe a presença humana. Os estudos estão sendo desenvolvidos pelo projeto “Looking for Jaguar” da Fundação Ecológica Cristalino (FEC) nas Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) Cristalino, localizadas no norte de Mato Grosso, sul da Amazônia.

Ao completar a sexta expedição em 2023, o projeto totalizou 16 registros de indivíduos da espécie Panthera onca (onça-pintada) desde o início do projeto em 2022. No caso da onça-parda (Puma concolor) o projeto tem mais de 70 registros.

Este ano, o coordenador do “Looking for Jaguar”, biólogo Lucas Eduardo Araújo Silva comemorou vários registros feitos por algumas das 16 câmeras fotográficas instaladas nas trilhas das reservas. Uma imagem mostra uma onça-pintada passeando bem próximo das instalações do Cristalino Lodge por volta das duas horas da tarde. A onça-pintada que vive na floresta amazônica costuma ter hábitos noturnos. “Foi de dia!”, comemorou.

Localizadas na Amazônia mato-grossense, município de Alta Floresta, as Reservas Particulares de Patrimônio Natural Cristalino (7 mil hectares), são utilizadas como área de vida das onças em toda a sua extensão. Registramos onças-pintadas em todas as trilhas das reservas, sendo a Base do Limão o local de maior número de ocorrência.

O projeto “Looking For Jaguar”, visa estimar o tamanho da população de onças-pintadas (Panthera onca) das RPPNs Cristalino, através do monitoramento de mamíferos por meio de armadilhas fotográficas. As reservas totalizam mais de 7 mil hectares localizadas próximas ao rio Cristalino, afluente do rio Teles Pires, na Amazônia mato-grossense. A região é considerada de prioridade extremamente alta para a conservação. Looking For Jaguar tem o apoio da Lata Foundation.

Fonte: Gazeta Digital

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