A atuação do Corinthians nesta sexta-feira (24), na Neo Química Arena, foi medonha. Mano Menezes levou um nó tático de Rogério Ceni no primeiro tempo que impediu que a equipe fosse capaz de reverter a situação. O time alvinegro foi massacrado pelo Bahia e igualou sua pior derrota na história em Itaquera. O placar de 5 a 1 a favor dos visitantes embolou novamente a briga pela permanência na elite do futebol brasileiro.
Foi desenhado o pior cenário para o Corinthians na véspera da eleição presidencial que definirá quem comandará o clube pelos próximos 3 anos. Em um setor do estádio, houve confusão entre torcedores. Alguns invadiram o gramado, mas foram contidos por seguranças.
Essa também foi o maior triunfo do Bahia sobre o time alvinegro e como visitante em Campeonatos Brasileiros. O conjunto tricolor não vencia o adversário na capital paulista desde 2008 na Série B. Com o resultado, o time de Salvador deixa a zona de rebaixamento e empurra o Cruzeiro de volta para a 17Ð posição. Já o Corinthians estaciona em 12º, apenas 3 pontos distantes do Z-4.
Fortaleza, Corinthians, Internacional, Santos, Bahia, Vasco e Cruzeiro estão ameaçados seriamente pelo rebaixamento. Goiás ainda tem chances de se salvar, mas vive situação muito complicada.
O primeiro tempo foi um verdadeiro baile do Bahia em Itaquera. Desde os primeiros movimentos, estava claro o objetivo tricolor, enquanto o Corinthians parecia estar em campo com o único objetivo de cumprir tabela. Com um esquema com um ataque mais móvel, Rogério Ceni deu um nó em Mano Menezes, que optou por uma formação com 3 zagueiros, sendo um dele o lateral-esquerdo Fábio Santos.
O gol que abriu o marcador saiu na bola parada. Logo aos 4 minutos, Rezende desviou a bola em cobrança de escanteio e acertou o canto de Cássio. O placar adverso deixou o Corinthians desnorteado diante de um Bahia avassalador. Aos 16, Cauly fez uma linda jogada individual, acertou um chute cruzado, quase sem ângulo, e anotou um golaço para os visitantes.
Mano decidiu voltar para o esquema com 4 defensores, sacou Fábio Santos do time e colocou o atacante Wesley. Assim, Bidu recuou para a lateral-esquerda e Fagner deixou de ser ala para retornar à sua função original.
O Bahia, porém, não parou por aí. O zagueiro Gil pisou no pé de Biel dentro da área, o VAR recomendou a revisão do lance ao árbitro Marcelo de Lima Henrique. O pênalti foi marcado, e Thaciano converteu a cobrança, aos 29 minutos. No tempo restante, o Corinthians buscou o ataque, mas os visitantes continuaram mais perigosos e exigiram de Cássio importantes defesas. Ao soar o apito, vaias ecoaram na Neo Química Arena.
Na volta do intervalo, os times voltaram sem alterações. O jogo ficou morno sem grandes lances de perigo dos dois lados. Para o Bahia, o panorama era o desejado. Com o marcador amplamente favorável, o foco passou a ser em segurar o placar. Mas a postura permitiu que o Corinthians ficasse mais próximo de balançar as redes.
Aos 22 minutos, a zaga do Bahia se atrapalhou, Renato Augusto apareceu livre e acertou um belo chute para descontar. O gol fez a torcida corintiana aumentar o volume e embalar o time da casa em busca de mais uma bola na rede.
No entanto, quem brilhou foi Rogério Ceni. O técnico promoveu a entrada de Ademir no lugar de Biel. O atacante ficou cara a cara com Cássio após tabela com Cauly e fez mais um para o Bahia. Diante do quarto gol, alguns torcedores começaram a deixar a Neo Química Arena. Ademir também sofreu um pênalti já na reta final. Thaciano bateu e anotou mais um.
O próximo jogo do Corinthians está agendado para terça-feira, às 21h30, em São Januário, diante do Vasco, outro rival direto contra o Z-4. O Bahia, por sua vez, recebe o São Paulo, na Arena Fonte Nova, na quarta, às 20h, em um confronto que vai marcar o reencontro de Rogério Ceni com o clube do qual é ídolo.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 1 x 5 BAHIA
CORINTHIANS – Cássio; Lucas Veríssimo, Gil e Fábio Santos (Wesley); Fagner, Renato Augusto, Maycon, Giuliano (Matheus Araújo) e Matheus Bidu (Pedro); Ángel Romero (Matías Rojas) e Yuri Alberto (Felipe Augusto). Técnico: Mano Menezes.
BAHIA – Marcos Felipe; Gilberto (Cicinho), Kanu, Vitor Hugo e Luciano Juba (Camilo Cándido); Rezende, Acevedo e Cauly (Lucas Mugni); Yago Felipe (Rafael Ratão), Thaciano e Biel (Ademir). Técnico: Rogério Ceni.
GOLS – Rezende, aos 4, Cauly, aos 16, Thaciano, aos 29 minutos do primeiro tempo; Renato Augusto, aos 22, Ademir aos 30, Thaciano aos 40 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Marcelo de Lima Henrique (CE).
CARTÕES AMARELOS – Renato Augusto, Gil, Gilberto, Thaciano e Vitor Hugo.
PÚBLICO – 39.403 presentes.
RENDA – R$ 2.449.046,00.
LOCAL – Neo Química Arena, em São Paulo (SP).
Fonte: Gazeta Digital