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Empresa alvo de operação diz que tem aval do Gabinete

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A empresa Log Lab Inteligência Digital emitiu uma nota após a Operação Iterum, deflagrada pela Polícia Federal, na qual foi alvo de busca e apreensão. Ela afirma que é referência no setor de tecnologia para fornecimento em gestões públicas, e que o seu trabalho conta com o aval do Gabinete de Intervenção na Saúde de Cuiabá.

“A prestação dos nossos serviços junto à saúde pública de Cuiabá passou por rigorosa auditoria do Gabinete de Intervenção, que decidiu pela manutenção, para a gestão pública municipal”, diz trecho da nota.

A empresa ainda afirmou que tem compromisso com a saúde pública do município de Cuiabá e fará todos os esforços para “contribuir para que os fatos sejam elucidados, colaborando com todo o processo de apuração dos órgãos de controle”.

A empresa ainda alega que é responsável pela implantação e manutenção de sistemas tecnológicos, e que segundo ela, teria revolucionado a gestão da saúde pública da capital, sendo 107 unidades de atendimento: Unidades Básicas de Saúde da Família, Unidades de Pronto Atendimento – UPAS e os três Hospitais Municipais (HMC, São Benedito e Pronto Socorro Municipal).

“São milhares de procedimentos realizados todos os dias. Desde 2017, apenas nos hospitais, foram 1,9 milhões de pessoas atendidas pelos sistemas. Considerando os atendimentos de alta e média complexidade, estes totalizaram mais de 10 milhões, sendo que hoje são mais de três mil colaboradores cadastrados na saúde que utilizam os sistemas”, justifica.

A Log Lab ainda afirma que realizou 50 mil chamados de suporte técnico atendidos pela equipe LOG LAB, neste período na capital. A empresa é investigada na operação que apura irregularidades no contrato entre 2017 e 2022, nas gestões do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), e que pode ter gerado prejuízo de R$ 13 milhões aos cofres públicos da União. Sob a intervenção estadual, foi repassado R$ 1,1 milhão pelo gabinete.

De acordo com as investigações, o contrato entre 2017 e outubro de 2022 foram pagos R$ 52.845.141,64, sendo que desse total, pelo menos, R$13.781.348,64 têm origem em recursos do governo federal. Entre as irregularidades apontadas pela Polícia Federal está a ausência de elaboração própria de Termo de Referência que pudesse justificar a adesão no pregão eletrônico.

‘O processo tramitou apenas com a elaboração de uma nota técnica emitida pelo investigado Gilmar Souza Cardoso, coordenador da Rede Assistencial de Tecnologia da Informação da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá/MT, por meio da qual foi defendida a ideia de adesão à ata de registro de preços’, diz trecho da decisão judicial.

Fonte: Gazeta Digital

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