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Combustíveis mais baratos puxam desaceleração da inflação em maio

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A extinção da política de preços da Petrobras contribuiu para a perda de ritmo da inflação oficial brasileira em maio. No mês, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 0,23%, ante alta de 0,61% apurada em abril.

Com a desaceleração anunciada nesta quarta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação passa a acumular alta de 3,94% no acumulado dos últimos 12 meses, o menor nível desde outubro de 2020 (3,92%).

O resultado mantém a trajetória de queda inflação anual, iniciada em maio do ano passado, e corresponde à manutenção, pelo terceiro mês seguido, do IPCA dentro do intervalo da meta preestabelecida pelo governo para 2023, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%).

Ainda que o cenário represente uma queda dos preços, o BC (Banco Central) avalia que a chance de o IPCA fechar o ano dentro da meta ainda é de apenas 17%. Já os analistas do mercado financeiro preveem alta de 5,69% do índice no acumulado dos 12 meses, encerrados em dezembro.

No mês, a perda de ritmo do índice de preços foi guiada pelas deflações dos grupos de transportes (-0,57%), com destaque para os recuos nos preços das passagens aéreas (-17,73%), além do resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%).

Alimentos
A desaceleração do IPCA em maio também foi influenciada pelo resultado do grupo de alimentação e bebidas, que passou de 0,71% em abril para 0,16% em maio. “Trata-se do grupo com maior peso no índice, o que acaba influenciando bastante no resultado geral”, explica André Almeida, analista da pesquisa.

O principal destaque foi na alimentação no domicílio, que apesentou estabiidade após alta de 0,73% no mês anterior. A queda foi guiada pelos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).

Por outro lado, a alta teve como destaque a inflação do tomate (+6,65%), do leite longa vida (+2,37%) e do pão francês (+1,4%). “Nos casos do tomate e do leite, os aumentos de preço estão relacionados a uma menor oferta”, explica Almeida.

Já a alimentação fora do domicílio variou 0,58%, taxa também abaixo da registrada em abril (+0,66%). Houve desaceleração nos preços do lanche (de 0,93% em abril para 0,71% em maio) e da refeição (de 0,51% em abril para 0,47% em maio).

Fonte: Gazeta Digital

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