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Dólar abre a terça-feira em alta, avança 2% e volta a superar R$ 5,20

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O dólar abandonou perdas de mais cedo e disparava nesta terça-feira (13), indo acima de R$ 5,20, depois que dados de inflação norte-americanos piores do que o esperado reforçaram apostas na manutenção de postura de política monetária agressiva por parte do Federal Reserve, o banco central norte-americano.

Às 10h13 (de Brasília), na esteira dos dados, o dólar à vista avançava 2,03%, a R$ 5,202 na venda, abandonando perdas iniciais. No pico do dia, a moeda norte-americana saltou 2,16%, a R$ 5,2084, mais de R$ 0,11 acima do fechamento da véspera.

Na B3, o contrato futuro de primeiro vencimento da divisa subia 2,02%, a R$ 5,2215. Ontem (12), o dólar negociado no mercado interbancário havia caído 0,93% contra a divisa brasileira, a R$ 5,0983, o menor nível para encerramento desde 29 de agosto (R$ 5,033).

O índice de preços ao consumidor norte-americano subiu 0,1% no mês passado, após ficar inalterado em julho, informou o Departamento do Trabalho dos EUA. Sinal de persistência das pressões inflacionárias, o núcleo da inflação, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,6% em agosto, após avançar 0,3% em julho. O núcleo do índice de preços ao consumidor teve alta de 6,3% nos 12 meses até agosto, acelerando ante alta de 5,9% em julho.

No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas fortes saltava mais de 1%, também numa reversão de perdas iniciais e aproximando-se de seus maiores níveis em 20 anos. Sinal da aversão a risco generalizada nos mercados financeiros globais, os futuros de ações dos Estados Unidos passaram a território profundamente negativo na esteira do relatório de inflação.

“A expectativa de que o CPI (índice de preços ao consumidor) viesse abaixo da expectativa foi frustrada duas vezes. Muita cautela com o cenário que tem ainda muita incerteza”, disse em publicação no Twitter Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter.

Já Arthur Mota, da equipe de estratégia e macro do BTG Pactual, escreveu que o dado desta manhã “ajudou muito o trabalho do Fed na próxima quarta”, quando o banco central dos EUA se reunirá para definir sua política monetária.

A autoridade monetária vem combatendo a inflação na maior economia do mundo há meses, aumentou os custos dos empréstimos em 2,25 pontos percentuais desde março e deve realizar um terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual em sua taxa de juros no próximo dia 21. Nesta manhã, cresciam cada vez mais as apostas numa extensão desse ritmo de aperto para além de setembro.

Juros mais altos na maior economia do mundo, além de redirecionarem recursos para o seguro mercado de renda fixa norte-americano, penalizando ativos mais arriscados, têm levantado temores de recessão, conforme o Fed busca frear os gastos de famílias e empresas de forma a controlar a inflação.

Fonte: Gazeta Digital

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