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Delegado aciona militante por injúria e calúnia em post nas redes

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O delegado Vitor Chab, titular da Delegacia Especializada de Delitos Contra a Pessoa Idosa (DEDCPI), ingressou com uma ação judicial contra o jornalista e militante da causa animal, Marlon Figueiredo, por injúria e calúnia.

 

Segundo Chab, Marlon teria o acusado de “prevaricação, sem contudo apresentar prova”, em comentários realizados nas redes sociais.

 

Conforme a representação feita por Chab, as críticas de Marlon tiveram início quando o delegado, em entrevista publicada pelo MidiaNews no dia 1 de maio, apontou uma “inversão de valores” quanto a punição prevista na legislação brasileira a crimes contra idosos.

 

“Para você ter uma ideia da inversão de valores: no crime de maus-tratos à pessoa idosa a pena é de dois meses a um ano de prisão. Se nós formos na lei do crime ambiental, que trata do delito de maus-tratos aos animais, a pena para maus-tratos aos animais domésticos é de dois a oito anos”, apontou o delegado.

 

Ocorre que o Marlon, que atua na defesa animal, postou a entrevista em suas redes sociais e passou a fazer críticas e posteriormente comentários à declaração de Chab. “Faltou sensatez”, disse o militante em post.

 

“Não deveria dizer sobre inversão de valores, todo crime deve ter sua lei, infelizmente as leis são brandas, principalmente contra crimes de maus-tratos, qual o criminoso é levado pra delegacia, ouvido pelo delegado e logo liberado, saindo pela porta da frente debochando dos que denunciaram”, consta em postagem feita por Marlon.

 

Para Chab, o militante o atribuiu ao crime de prevaricação, ao apontar que um suposto criminoso é levado à delegacia, ouvido e posteriormente liberado.

 

“Conforme está estampado em seu comentário, que ora é juntado no corpo desta representação, o Representado parte de uma presunção pessoal de que o Representante é agente público no cargo de delegado que comete o crime de prevaricação, sem contudo apresentar prova, sequer indícios”, disse representação.

O pedido foi encaminhado nesta semana ao Juizado Especial Criminal Unificado de Cuiabá, e ainda não foi analisado.

A pena para o crime apontado é de até seis meses de prisão ou pagamento de multa.

Fonte: Mídia News

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