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Com reajuste de 20,7%, a tarifa do transporte coletivo de Cuiabá passa de R$ 4,10 para R$ 4,95 a partir do dia 9 de maio e será a 2ª mais cara do país. A cidade só fica atrás de Curitiba (PR), onde a tarifa é de R$ 5,50. O aumento acontece após usuários passarem 3 anos pagando R$ 4,10 na passagem do coletivo. Prefeitura da Capital justifica aumento alegando a necessidade de equilíbrio econômico, após realizar melhorias no setor de transporte público e entregar 150 novos ônibus. Já os passageiros afirmam que o valor não condiz com o atendimento e condições dos veículos. Diretor presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), Alexandro de Oliveira, explica que o valor de R$ 4,95, na verdade, já é repassado às empresas do transporte coletivo desde outubro do ano passado, quando o Conselho Municipal de Trânsito (CMT) apontou a necessidade de reajuste da tarifa devido ao aumento no preço do diesel. “Em 2019, quando foi feita a licitação, ela já previa o equilíbrio financeiro das empresas e do Município com base em alguns fatores. Porém, a Prefeitura conseguiu segurar o reajuste e, em 5 anos, essa é a 3ª vez que é realizado o aumento”. Conforme Oliveira, para que haja esse reajuste é levado em consideração os custos das empresas que incluem índices inflacionais e a variação no preço do combustível, dos salários, depreciação da frota, dentre outros. Com base nisso, foi necessário acrescentar ao valor da passagem R$ 0,85, que está sendo repassado por meio de processo de compensação através da legislação federal que permite o pagamento como subsídio. “O transporte público é um setor que foi muito penalizado pela pandemia, principalmente pela queda de passageiros, que ainda não foi restabelecida, e pelo aumento contínuo do combustível. Para se ter uma noção, só no último mês houve um aumento de 25%”. O diretor da Arsec ainda frisou que o valor que será cobrado dos usuários do transporte coletivo ainda tem como objetivo compensar o tempo sem reajuste. Valor não vale o serviço Usuários do transporte coletivo afirmam que mesmo após 3 anos sem reajuste na tarifa, ainda não seria o momento de aumentar. Apesar de usar o serviço esporadicamente, a autônoma Jucilene Ferreira de Arruda, moradora do Altos do Coxipó, diz que o novo valor da passagem não vale diante do serviço oferecido. Diz que anúncio da Prefeitura sobre entrega de ônibus novos é “uma farsa”, pois trata-se na verdade de veículos descartados de São Paulo e maquiados para ser tidos como novos. “Tudo para enganar a população, mas não somos bestas. Essa não cola mais. Porque os ônibus novos entregam a idade ao estragar logo que começam a rodar na cidade”. Jesus ainda reclama da frota reduzida, o que resulta em uma longa espera nos pontos de ônibus. A demora para que os ônibus passem nas paradas é reclamação unânime entre os usuários. Carlos Alexandre classifica o serviço como péssimo e afirma que para o prefeito o valor é condizente porque o gestor não anda de coletivo. “Não sai do bolso dele. E para o trabalhador pesa demais”. Mudança de cenário O prefeito Emanuel Pinheiro destacou que foi o gestor da história de Cuiabá que menos concedeu aumento de tarifas no transporte coletivo, sendo que em 5 anos, foram registrados apenas 3 aumentos. “O serviço que era prestado não era de qualidade. Cuiabá estava pagando uma tarifa muito cara para a prestação de serviço que lhe era oferecida. O cenário mudou”. Ressaltou as melhorias no serviço e disse ser inegável e notório os aumentos no preço do combustível, do diesel e dos insumos. “Tenho de ter a responsabilidade com o equilíbrio econômico, cumprindo o compromisso com a população de avançar na melhoria da qualidade da prestação de serviço ao usuário do transporte coletivo”. Qualidade é destacada “Os usuários precisam entender que quando se fala em valor da tarifa de ônibus é preciso levar em consideração todo o serviço, que vai desde a estruturação das paradas de coletivo, troca de frota à dinâmica de funcionamento”, explica o diretor de Transporte da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) de Cuiabá, Nicolau Jorge Budib. Ele explica que, atualmente, em Cuiabá, existem 368 ônibus, sendo que 150 fazem parte da frota nova entregue pelo prefeito Emanuel Pinheiro entre agosto do ano passado e este mês. Segundo ele, nunca houve uma renovação de frota tão grande na história da Capital. Além disso, cerca de 70% dos veículos operacionais são climatizados, fator que em Cuiabá é primordial diante do clima. Quanto às reclamações dos usuários no que diz respeito à qualidade dos ônibus, dos pontos e da segurança, Budib faz alguns destaques. Explica que é normal alguns veículos estragarem, pois estes rodam milhares de quilômetros por mês, saindo das garagens antes das 5h e voltando às 23h, carregando diariamente 210 mil passageiros. “Metade da população da cidade é transportada com segurança, uma vez que existem pouquíssimos acidentes com vítimas fatais no transporte público”. O diretor também frisa que todos os ônibus passam por uma vistoria geral anualmente e vistorias periódicas que são realizadas sem aviso prévio. Ao todo, 30 agentes ficam responsáveis por este serviço, que é feito todos os dias em uma das 4 garagens de ônibus existentes na cidade. “Tudo é analisado minuciosamente, como bancos, cinto de segurança, rampa para cadeirantes. Aferimos a medição de poluentes, um processo que passa pela qualificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”. Conforme Budib, é necessário também a conscientização dos usuários, para ajudar a manter as condições físicas dos ônibus, uma vez que dos veículos novos, muitos já estão depedrados, pichados, quebrados, por iniciativa daqueles que usam o serviço. “E quando não for este o caso e um problema for detectado, a população pode entrar em contato com a Semob, através do Fiscalizap no (65) 99235-6950 ou na ouvidoria da pasta”.

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Com reajuste de 20,7%, a tarifa do transporte coletivo de Cuiabá passa de R$ 4,10 para R$ 4,95 a partir do dia 9 de maio e será a 2ª mais cara do país. A cidade só fica atrás de Curitiba (PR), onde a tarifa é de R$ 5,50. O aumento acontece após usuários passarem 3 anos pagando R$ 4,10 na passagem do coletivo. Prefeitura da Capital justifica aumento alegando a necessidade de equilíbrio econômico, após realizar melhorias no setor de transporte público e entregar 150 novos ônibus. Já os passageiros afirmam que o valor não condiz com o atendimento e condições dos veículos.

 

Diretor presidente da Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), Alexandro de Oliveira, explica que o valor de R$ 4,95, na verdade, já é repassado às empresas do transporte coletivo desde outubro do ano passado, quando o Conselho Municipal de Trânsito (CMT) apontou a necessidade de reajuste da tarifa devido ao aumento no preço do diesel. “Em 2019, quando foi feita a licitação, ela já previa o equilíbrio financeiro das empresas e do Município com base em alguns fatores. Porém, a Prefeitura conseguiu segurar o reajuste e, em 5 anos, essa é a 3ª vez que é realizado o aumento”.

 

Conforme Oliveira, para que haja esse reajuste é levado em consideração os custos das empresas que incluem índices inflacionais e a variação no preço do combustível, dos salários, depreciação da frota, dentre outros. Com base nisso, foi necessário acrescentar ao valor da passagem R$ 0,85, que está sendo repassado por meio de processo de compensação através da legislação federal que permite o pagamento como subsídio. “O transporte público é um setor que foi muito penalizado pela pandemia, principalmente pela queda de passageiros, que ainda não foi restabelecida, e pelo aumento contínuo do combustível. Para se ter uma noção, só no último mês houve um aumento de 25%”.

 

O diretor da Arsec ainda frisou que o valor que será cobrado dos usuários do transporte coletivo ainda tem como objetivo compensar o tempo sem reajuste.

 

Valor não vale o serviço

Usuários do transporte coletivo afirmam que mesmo após 3 anos sem reajuste na tarifa, ainda não seria o momento de aumentar. Apesar de usar o serviço esporadicamente, a autônoma Jucilene Ferreira de Arruda, moradora do Altos do Coxipó, diz que o novo valor da passagem não vale diante do serviço oferecido. Diz que anúncio da Prefeitura sobre entrega de ônibus novos é “uma farsa”, pois trata-se na verdade de veículos descartados de São Paulo e maquiados para ser tidos como novos. “Tudo para enganar a população, mas não somos bestas. Essa não cola mais. Porque os ônibus novos entregam a idade ao estragar logo que começam a rodar na cidade”.

 

Jesus ainda reclama da frota reduzida, o que resulta em uma longa espera nos pontos de ônibus.

 

A demora para que os ônibus passem nas paradas é reclamação unânime entre os usuários. Carlos Alexandre classifica o serviço como péssimo e afirma que para o prefeito o valor é condizente porque o gestor não anda de coletivo. “Não sai do bolso dele. E para o trabalhador pesa demais”.

 

Mudança de cenário

O prefeito Emanuel Pinheiro destacou que foi o gestor da história de Cuiabá que menos concedeu aumento de tarifas no transporte coletivo, sendo que em 5 anos, foram registrados apenas 3 aumentos. “O serviço que era prestado não era de qualidade. Cuiabá estava pagando uma tarifa muito cara para a prestação de serviço que lhe era oferecida.

 

O cenário mudou”. Ressaltou as melhorias no serviço e disse ser inegável e notório os aumentos no preço do combustível, do diesel e dos insumos. “Tenho de ter a responsabilidade com o equilíbrio econômico, cumprindo o compromisso com a população de avançar na melhoria da qualidade da prestação de serviço ao usuário do transporte coletivo”.

 

Qualidade é destacada

“Os usuários precisam entender que quando se fala em valor da tarifa de ônibus é preciso levar em consideração todo o serviço, que vai desde a estruturação das paradas de coletivo, troca de frota à dinâmica de funcionamento”, explica o diretor de Transporte da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) de Cuiabá, Nicolau Jorge Budib.

 

Ele explica que, atualmente, em Cuiabá, existem 368 ônibus, sendo que 150 fazem parte da frota nova entregue pelo prefeito Emanuel Pinheiro entre agosto do ano passado e este mês. Segundo ele, nunca houve uma renovação de frota tão grande na história da Capital. Além disso, cerca de 70% dos veículos operacionais são climatizados, fator que em Cuiabá é primordial diante do clima.

 

Quanto às reclamações dos usuários no que diz respeito à qualidade dos ônibus, dos pontos e da segurança, Budib faz alguns destaques. Explica que é normal alguns veículos estragarem, pois estes rodam milhares de quilômetros por mês, saindo das garagens antes das 5h e voltando às 23h, carregando diariamente 210 mil passageiros. “Metade da população da cidade é transportada com segurança, uma vez que existem pouquíssimos acidentes com vítimas fatais no transporte público”.

 

O diretor também frisa que todos os ônibus passam por uma vistoria geral anualmente e vistorias periódicas que são realizadas sem aviso prévio. Ao todo, 30 agentes ficam responsáveis por este serviço, que é feito todos os dias em uma das 4 garagens de ônibus existentes na cidade. “Tudo é analisado minuciosamente, como bancos, cinto de segurança, rampa para cadeirantes. Aferimos a medição de poluentes, um processo que passa pela qualificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”.

 

Conforme Budib, é necessário também a conscientização dos usuários, para ajudar a manter as condições físicas dos ônibus, uma vez que dos veículos novos, muitos já estão depedrados, pichados, quebrados, por iniciativa daqueles que usam o serviço. “E quando não for este o caso e um problema for detectado, a população pode entrar em contato com a Semob, através do Fiscalizap no (65) 99235-6950 ou na ouvidoria da pasta”.

Fonte: Gazeta Digital

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