Pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT) deseja trazer o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), para o seu palanque na disputa ao Palácio do Planalto na comentada “terceira via”.
Durante entrevista ao programa A Tribuna (rádio Vila Real, 98.3 FM) nesta quinta-feira (3), Ciro afirmou que possui uma excelente relação com os dois expoentes políticos mato-grossenses e que busca por alianças para fortalecer um projeto alternativo para o Brasil.
“Mato Grosso está muito bem servido com o governador Mauro Mendes. Sou muito amigo e tenho um carinho por ele. Inclusive apoiamos ele na eleição passada, de maneira que não há contradição nenhuma na gente renovar esse apoio”, comentou.
Conforme noticiou o GD, o PDT tem trabalhado para impulsionar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. Em Mato Grosso, as articulações são comandadas pelo presidente estadual da legenda, deputado Allan Kardec.
Ao comentar sobre as movimentações, Ciro lembrou que o DEM (atual União Brasil) já integrou coligações junto com o PDT em eleições passadas. Nesse sentindo, o presidenciável afirmou que não havia nenhuma incoerência em construir uma nova aliança com o partido do governador na eleição do outubro.
O político também argumentou que a parceria poderia ser benéfica à administração estadual e para Mato Grosso. “O Mauro bem serve ao povo do Mato Grosso e seria muito bom a gente ajudar o Mauro Mendes mais maduro, mais experiente e com mais capacidade. Tendo a mim na Presidência da República, o Mato Grosso vai ter uma grande parceria na sua agenda de infra-estruturar e nos potenciais de industrialização”, acrescentou.
Ciro também afirmou que possui um bom relacionamento com Blairo Maggi, que é um dos maiores representantes do agronegócio mato-grossense e possui grande influencia com o setor.
“Tenho muita intimidade com o povo do Mato Grosso e também tenho uma relação antiga com o Blairo Maggi, que é um homem de grande valor da produção brasileira. Eu estive junto com ele nas eleições de 2002 quando ele disputou o governo pelo PPS. Evidentemente que eu não vou constragi-lo aqui, numa entrevista. Mas, evidentemente se ele puder apoiar um velho amigo, ele sabe que tenho seriedade e compromisso com o Brasil que produz e trabalha”, pontuou.
Ao final, o pré-candidato ainda afirmou que os mato-grossenses precisam fugir da polarização travada entre o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PT).
“Eu estou propondo ao país uma rebeldia da esperança. Não tenho nenhuma ilusão de que meu caminho é fácil. O que eu acho é que o Brasil não aguenta mais esse confronto. Faz sentindo 70% do Mato Grosso votar no Bolsonaro para protestar contra o Lula? Agora decepcionado com a não entrega do Bolsonaro voltar para o Lula? Estou trabalhando na contramão dessa polarização artificial, odienta e que conserva o mesmo sistema econômico e político”, finalizou.
Fonte: Gazeta Digital