O caso da garota de programa que acusou jogadores do Cuiabá de agressão no último dia 8 de dezembro, continua repercutindo nacionalmente. Na ocasião, o jogador Clayson Henrique da Silva Vieira foi demitido do time do Dourado.
A ocorrência foi registrada pela Polícia Militar, onde uma jovem, 21 anos, tentou tirar a própria vida, cortando o pescoço, na casa noturna Crystal Night Club, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.
Na sequência, foi divulgado que a jovem era dançarina da ‘boate’, e com mais duas colegas teriam feito programa em um motel com jogadores do Cuiabá, e no local havia ocorrido um desentendimento e ela foi agredida.
Em entrevista a UOL, Danielle Sarti, de 21 anos, disse acreditar que os depoimentos dados pelas testemunhas do caso à Polícia Civil de Mato Grosso são mentirosos e foram comprados pelo ex-jogador do Corinthians. Ela chegou a relatar a vontade de trancar a faculdade para focar no tratamento e cuidar de sua saúde mental após o episódio.
Segundo ela, em depoimento, as testemunhas haviam dito que o atleta não participou das agressões em um quarto de motel na madrugada de 6 de dezembro, em Cuiabá. No entanto, Danielle acusa o atleta e os dois amigos de agressão com socos, tapas e cacos de vidro de uma garrafa de cerveja quebrada. O conflito começou, segundo Danielle, com Daniel Pio por conta do pagamento combinado. Após o ocorrido, o homem teria iniciado a agressão e contado com ajuda do atacante Clayson, na época jogador do Cuiabá.
“A única coisa que posso dizer é que às duas meninas foram compradas porque elas presenciaram as agressões. O D. e o Clayson estão mentindo”, afirmou ao ser questionada sobre as versões apresentadas pelas testemunhas nos relatos colhidos entre os dias 13 e 17 deste mês na Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
Ela relatou a UOL como tudo aconteceu naquela madrugada. “Ele (D) que iniciou a agressão, começou a me bater e iniciou todo o processo que eu não gosto de lembrar, é muito triste. O Clayson só seguiu o baile, como dizemos popularmente. Ele me bateu duas, três, quatro vezes. Foram socos e uma chave de braço. Eu até mordi ele porque estava recebendo uma chave de braço”, relatou.
Segundo Danielle, que atualmente está sob os cuidados da família e recebendo acompanhamento profissional, o episódio lhe causou sérias cicatrizes. Ela afirmou que chegou a tentar cortar a própria garganta no mesmo dia, e hoje vive constantemente medicada, com o acesso às redes sociais controlado por seus familiares.
Conforme a jovem, a família estuda maneiras de abrir um processo na Justiça contra os envolvidos no episódio em Cuiabá. Contudo, agora, a prioridade é cuidar de sua saúde mental e, assim que possível, retomar os estudos na universidade.
A reportagem da Uol procurou a Polícia Civil de Mato Grosso, que não quis dar informações sobre o andamento do caso. O atacante Clayson também foi contatado e através de sua assessoria de imprensa reafirmou a versão prestada em depoimento na Delegacia Especializada da Defesa da Mulher — de que não agrediu Danielle.
Fonte: Vgn Notícias