Hospitais públicos e privados de Cuiabá registraram aumento no atendimento neste mês devido surto do vírus da influenza A H3N2, batizada de Darwin.
De acordo com Secretaria Municipal de Saúde, de domingo (26) a terça-feira (29), 5.953 pessoas foram atendidas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Policlínicas da Capital, a maioria com sintomas gripais.
No Hospital São Judas Tadeu, de acordo com sócio diretor e médico Arnaldo Sérgio Patrício, houve um aumento de 30% no atendimento comparado ao mês passado. Em novembro, a unidade atendia cerca de 70 a 80 pacientes por dia. Agora, em dezembro, são cerca de 110 a 120 pacientes, a maioria também com sintomas gripais.
Os Hospitais São Mateus e Santa Rosa também informaram aumento na busca por atendimento médico nas unidades por conta do surto. E, declararam que precisaram reforçar o quadro médico para dar conta de tanta gente.
O hospital reforçou o quadro de médicos e reorganizou a logística do atendimento, aumentando o número de leitos de isolamento e ampliando a triagem
“O hospital reforçou o quadro de médicos e reorganizou a logística do atendimento, aumentando o número de leitos de isolamento e ampliando a triagem dos pacientes, mas pede a compreensão quanto ao tempo de espera em razão do surto que assola Cuiabá e várias outras cidades do país”, informou o Santa Rosa, em nota.
Conforme o médico Arnaldo Patrício, somente idosos e pessoas muito sintomáticas – com muita febre e dores – devem buscar atendimento médico para não superlotar as unidades de saúde.
Pais de crianças até três anos também devem ficar atentos em relação aos sintomas de gripes. Mas, segundo o médico, não há muito registro de crianças com a doença no São Judas Tadeu.
Já pessoas com sintomas leves de gripe, conforme ele, devem se hidratar com água e chás, como de alho e mel e esperar os sintomas melhorarem, em casa.
O médico indicou dipirona ou paracetamol. Conforme ele, o tratamento com aspirina deve ser descartado.
Diminuição dos casos
Arnaldo Patrício explicou que a A H2N3 apresenta sintomas agudos logo nos primeiros dias da doença e melhoram entre o 3º ao 5ª dia. Diferente da Covid-19, que começa a evoluir a partir do 7° dia.
No São Judas Tadeu, segundo ele, diferente da gripe, não houve aumento no caso de Covid-19 neste mês.
Arnaldo Patrício acredita que nos próximos 15 dias os casos da A H2N3 começaram a diminuir, assim como ocorreu no Rio de Janeiro, onde o surto começou no Brasil.
“Deve ocorrer um aumento na primeira semana de janeiro por conta das festividades de final de ano, mas logo irá passar. É importante que as pessoas sigam se cuidando, com uso de máscaras, higienização das mãos e distanciamento social”, completou.
Fonte: Mídia News