As investigações sobre o homicídio do produtor rural Jeferson Mariussi, de 36 anos, apontaram que o mentor do crime contratou, por R$ 25 mil, um homem de 33 anos, que prestava serviços de vigilante e era seu conhecido, para matar a vítima. A Políica Civil de Campo Novo do Parecis (390 quilômetros de Cuiabá) indiciou todos os quatro envolvidos no crime.
Conduzida pela Delegacia de Campo Novo do Parecis, a investigação apurou que o mandante do crime contratou um dos executores, de 33 anos, aproveitando que este prestava serviços de vigilante e segurança e era seu conhecido. Depois, o contratado chamou outras duas pessoas, de 26 e 30 anos, para planejar a morte do produtor.
A Polícia Civil esclareceu ainda que o mandante teria realizado transferências bancárias para um dos executores, em valor aproximado de R$ 25 mil.
Os investigadores reuniram informações que demonstram que os executores estiveram em Campo Novo do Parecis em pelo menos duas ocasiões nos dias antecedentes o crime, em uma delas o trio foi até a propriedade da família da vítima para ofertar serviços de segurança.
O mandante também esteve em Tangará da Serra, mantendo contato com dois dos envolvidos na execução.
No dia do fato, o mandante deixou seu veículo, uma camionete, na casa do cunhado de um dos executores, de quem haviam alugado o Pálio usado no homicídio, e seguiu para Campo Novo do Parecis. Depois, um dos bandidos buscou a camionete do mandante e a levou até Campo Novo.
A vítima e sua mulher estavam em Tangará da Serra e seguiram em carros diferentes até Campo Novo do Parecis, indo primeiramente à casa de um familiar de Jeferson. Os policiais civis apuraram que o veículo com os executores já estava vigiando o produtor e quando ele saiu do local, os criminosos seguiram logo atrás.
Depois que a vítima e sua mulher chegaram na residência que iriam comprar, ela entrou com o veículo na garagem e ele estacionou na rua. Em seguida, surgiu em alta velocidade o veículo com os criminosos, que se aproximaram da vítima e efetuaram vários disparos de arma de fogo.
Jeferson ainda tentou correr, mas os executores o alcançaram, fizeram outros disparos e fugiram na sequência.
Enquanto o trio fugia em direção a Tangará da Serra, o mandante do crime foi para a cidade de Sapezal, na tentativa de assegurar um álibi. Posteriormente, ele voltou a Campo Novo do Parecis e procurou uma companhia da Polícia Militar, após o trio ser preso em Tangará da Serra e afirmado que ele seria o mandante do crime.
O delegado Honório Gonçalves Neto, responsável pelo inquérito, destaca que toda a dinâmica do crime, desde os movimentos do mandante e dos executores, até a execução de Jeferson Mariussi, está comprovada em depoimentos de testemunhas, materiais coletados nos locais, perícias, assim como outras informações que atestam que os quatro estiveram nos locais e horários apontados na investigação.
No decorrer da apuração do crime, o delegado representou pela prisão temporária dos quatro e na conclusão do inquérito foi decretada a prisão preventiva, cumprida nesta segunda-feira.
Conforme a apuração da Polícia Civil, o mandante decidiu pelo crime porque sua ex-mulher reatou com a vítima, com havia mantido um longo relacionamento no passado.
Fonte: Olhar Direto