O vereador Diego Guimarães (Cidadania) defendeu que o Legislativo também investigue e puna os colegas que fizeram indicações para cargos na Saúde de Cuiabá em troca de apoio político ao prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB).
O esquema foi alvo da Operação Capistrum, deflagrada pelo Ministério Público Estadual e a Polícia Civil no dia 19 de outubro, e resultou no afastamento de Emanuel do cargo, além de sequestro de bens dos investigados em até R$ 16 milhões.
Diego disse que as investigações correm sob sigilo, mas que se for instaurada a Comissão Processante contra Emanuel na Câmara, eles deverão pedir compartilhamento de provas e buscarão acesso à relação de parlamentares que “venderam” apoio ao emedebista.
Tendo acesso a essas informações [lista de vereadores beneficiados], eles também vão ter ser objeto de investigação
“Tendo acesso a essas informações [lista de vereadores beneficiados], eles também vão ter que ser objeto de investigação, com absoluta certeza”, afirmou, em entrevista à rádio Capital FM.
A oposição tenta dar o pontapé no processo de cassação do prefeito e, para tanto, espera conseguir apoio de parte dos vereadores que hoje fazem parte da base.
Diego está otimista de que haverá quórum para aprovação da instauração da Comissão Processante. Segundo ele, além dos quatro da oposição, pelo menos seis colegas já o procuraram defendendo a investigação.
“Já tem vereador falando que não vai fazer igual Misael [Galvão], Justino Malheiros, Toninho de Souza, que são vereadores que tiveram votação expressiva em 2016, mas que durante o mandato, até 2020, assumiram um desgaste que era do prefeito”, disse.
“Eles se colocavam à frente para ‘tomar os tiros’ que eram para o prefeito e acabaram não sendo reeleitos. Quero crer que os vereadores dessa legislatura já estejam ‘vacinados’ contra isso”, completou.
Operação Capistrum
Além do afastamento de Emanuel, a operação resultou na prisão do seu chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto – já solto com uso de tornozeleira – e também foi afastou do cargo a secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza.
Também foram alvos da operação a primeira-dama Márcia Pinheiro, e o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Saúde, Ricardo Aparecido Ribeiro.
As investigações apontam contratações irregulares, mas também há suspeita de “fantasmas” na pasta. O esquema apurado causou teria causado um prejuízo de R$ 16 milhões aos cofres de Cuiabá.
Todos foram alvos de mandados de busca e apreensão e também tiveram o sequestro de bens decretado até o montante de R$ 16 milhões.
Fonte: Mídia News