O deputado estadual Eduardo Botelho (DEM) segue o entendimento do partido e defende que uma terceira opção de candidatura à Presidência da República seja colocada para 2022 – a chamada “terceira via”. Entretanto, Botelho avalia que o nome deve enfrentar dificuldades se tiver que concorrer contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
“Eu só acredito nessa terceira via se caso sair um dos dois, ou Bolsonaro ou Lula. Se continuarem, essa terceira via vai ser muito difícil de se viabilizar”, ponderou o deputado nesta semana.
Botelho observou que os níveis de aceitação das candidaturas de Bolsonaro e Lula são muito altos para que um candidato tente batê-los até a eleição de 2022.
“Nenhum candidato conseguiria atingir esse patamar até o ano que vem, para a eleição. Acho muito difícil, a menos que um saia do páreo. Eleição é eleição, muda rapidamente, mas o que é que acontece: eles estão alto com eleitores consistentes e firmes. Bolsonaro tem lá 30% e são dele, esse número não muda. O PT também tem eleitor muito forte, o Lula também. Por isso acho muito difícil essa terceira via”, disse.
De acordo com a última pesquisa do Ipec divulgada no dia 22 de setembro, Bolsonaro tem 23% das intenções de voto, enquanto Lula lidera com 48% para as eleições de 2022. A pesquisa considerou 2.002 entrevistas realizadas em 141 municípios entre os dias 16 a 20 de setembro.
Contudo, outras pesquisas eleitorais têm apontado que a população aguarda uma terceira via que ainda não teria sido colocada. Isso porque o percentual daqueles que não querem nem Lula e nem Bolsonaro, supera os favoritos.
Partido de Botelho, o Democratas já se mobiliza para lançar um candidato na corrida presidencial. O nome mais forte até o momento é do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Entretanto, o DEM passa por uma fusão com o PSL, o que pode alterar os planos para 2022.
O PSDB, do governador de São Paulo, João Doria, também busca um nome para apontar como opção para os eleitores. Doria, que polariza rixa com Bolsonaro, já se apontou como pré-candidato. Entretanto, diante da rejeição a seu nome por parte dos correligionários e da própria população, o partido estuda outros três nomes para lançamento. Prévia nacional marcada para novembro vai decidir quem será o candidato tucano.