Em um áudio que circulou por grupos de WhatsApp no município de Juína (735 km da Capital), no último domingo (25), uma pessoa, ainda não identificada, ameaçou invadir a casa do promotor de Justiça Marcelo Linhares para agredi-lo devido o fechamento do comércio considerado não essencial durante quarentena de 10 dias, conforme decreto municipal.
Marcelo é acusado por um grupo de moradores do município de interferir para que a prefeitura determinasse, por meio de decreto na semana passada, quarentena de 10 dias na cidade e, consequentemente, fechasse vários segmentos comerciais ‘não essenciais’, o que teria deixado uma parcela da cidade muito descontente.
De acordo com o delegado André Luis Barbosa, durante a semana passada, outros áudios circularam pela cidade com ofensas a algumas autoridades, dentre elas, o promotor Marcelo.
Algumas pessoas foram identificadas e ouvidas na delegacia, porém, apenas quatro confessaram terem gravado os áudios e justificaram que Marcelo interviu junto ao Executivo para que o decreto fosse emitido e o comércio fechado.
No entanto, o áudio de cerca de 2 minutos que circulou no domingo (25) teve, além das ofensas, ameaças de invasão à residência do promotor, agressão contra ele e pessoas próximas.
A pessoa no áudio chega a pedir que marcassem uma reunião com Marcelo para que ele fosse agredido. Disse ainda que poderiam cortar as cercas elétricas e invadir quebrando tudo.
A Delegacia monitora os acusados já identificados, busca pelo autor da gravação de domingo e segue na apuração da ocorrência.
O Ministério Público Estadual (MPE) está ciente dos fatos e também investiga o caso.
O delegado ressaltou que os acusados podem responder por crime de ameaça, apologia ao crime e por atentar contra a ordem pública, atrapalhando o trabalho das autoridades.
Dr. André Luis também representou à Justiça por medidas cautelares em desfavor dos acusados para garantir a segurança do promotor.
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