O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que todos os estados que compõem o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal querem unir forças com os EUA para “construir uma política ambiental baseada na sustentabilidade”.
Mauro e os governadores Flávio Dino (Maranhão), Gladson Cameli (Acre), Helder Barbalho (Pará), Antônio Waldez (Amapá), Marcos Rocha (Rondônia), Wilson Lima (Amazonas), Antonio Denarium (Roraima) e Mauro Carlesse (Tocantins) enviaram uma carta ao presidente norte-americano Joe Biden, por meio do embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, nesta terça-feira (20).
Na carta, os gestores destacaram o compromisso com os princípios estabelecidos no Acordo de Paris e com os objetivos do desenvolvimento sustentável, bem como o esforço para combater o desmatamento ilegal e para promover uma economia com baixa emissão de carbono e preservação dos biomas brasileiros, em especial a Amazônia.
“Vimos com bons olhos a nova política americana, que se reaproxima do meio ambiente. Os problemas do clima, problemas ligados ao aquecimento global e acordos outrora firmados voltam a ter importância porque tem a ver com o futuro do planeta e da humanidade”, citou.
O governador de Mato Grosso ressaltou que os estados que compõem a Amazônia Legal prestam um grande serviço para a preservação ambiental e os interesses da humanidade.
“Nós, estados que assinamos essa carta, queremos estar juntos com os EUA e juntos com qualquer país, qualquer nação, qualquer estado, qualquer cidadão, que possa nos ajudar em uma nova política ambiental, e reforçar os princípios de uma política ambiental que traga o real sentido de uma economia verde, e uma economia de baixo carbono. Queremos preservar não só pela importância que isso representa para a expansão dos negócios nos mercados internacionais, mas, porque temos consciência ambiental”.
Mauro lembrou que Mato Grosso tem investido cada vez mais em produzir alimentos de forma sustentável, sendo a região do planeta que mais produz alimentos com respeito ao meio ambiente. Exemplo disso é que enquanto em 1990 era necessário usar 2,2 milhões de hectares para produzir 4,2 toneladas de grãos, hoje o estado usa 16,8 milhões de hectares para produzir 72,8 milhões de toneladas. Muito mais produção por hectare, evitando o desmatamento.
“O Centro-Oeste tem muito desses ativos ambientais e produz muitos alimentos, assim como os EUA. O Brasil também é um grande produtor mundial e o Centro-Oeste principalmente. Queremos que nossas economias tenham cada vez mais os conceitos de estar produzindo com baixas emissões, e é nesse sentido que queremos cooperar com os EUA, em um relacionamento que respeite a nossa soberania, mas que acima de tudo possa cooperar dentro desses objetivos que trarão um planeta melhor e sustentável para a vida humana”, completou.
O embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, agradeceu o comprometimento dos governadores em colaborar com a agenda ambiental.
“Essa carta mostra que esses governadores são comprometidos a encontrar soluções e isso me alegra muito. Muito importante essa iniciativa, porque eu confio nas autoridades locais. Agradeço que vocês estejam trabalhando conosco e com outros países que tem o mesmo desejo. O Brasil pode ser não só uma superpotência ambiental, mas ‘a’ superpotência ambiental. Vou mandar essa carta ainda hoje ao presidente Joe Biden”, declarou.
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