Na Semana Santa e dias de feriado de Páscoa, é comum que os cristãos consumam peixes, por conta de uma prática religiosa e nessa época o peixe sobe de preço, pois o consumo aumenta. Mas é preciso ficar alerta para certos tipos de peixe e evitar a temida Síndrome de Haff, conforme explica o médico da família, Werley Peres.
A Síndrome de Haff, conhecida com doença da urina preta, é causada pela ingestão de peixes ou crustáceos contaminados, e pode deixar as pessoas paralisadas devido à degradação dos músculos. , o médico da família aponta que em Mato Grosso temos o Pacu-manteiga e o Tamabaqui que podem portar a toxina.
“Uma das causas da doença é a contaminação por uma toxina, que está em um peixe portador. Aqui da nossa fauna aquática é o pacu-manteiga e o tambaqui. É uma doença que tem uma evolução muito rápida”, disse o médico.
Werley detalha que os sintomas começam com um quadro de dor intensa, rigidez muscular, de forma repentina, perda de força, dormência e urina escura. Se o paciente apresentar insuficiência renal, a urina pode ficar marrom ou cor de café.
“Outro detalhe é que a enzima, que causa a contaminação do peixe, não é destruída com calor. Então, mesmo que você cozinhe, ou frite bem o peixe, se ele estiver contaminado não adianta nada”, aponta.
Como Previnir
O médico ressalta que não há motivo para pânico, ou para deixar de comer peixe, pois, a Haff é rara.
No entanto, simples cuidados podem ajudar, já que a toxina é silenciosa.
“A toxina não dá gosto ou cheiro no peixe. A pessoa come e está achando que está tudo normal. O problema é esse”, frisa.
Diante desta variante, o médico aconselha sempre adquirir o peixe em lugares de referência para não comprar carne duvidosa. O ideal é comprar sempre de um mesmo lugar, o qual o cliente já sabe a procedência.
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