A deputada Janaína Riva (MDB) afirmou, durante sessão da Assembleia Legislativa, na manhã desta segunda-feira (22), que agora é hora de esquecer a construção de “pontes e estradas” para salvar vida para que os mato-grossenses não morram “com falta de ar ou de fome’.
A declaração de Janaína é seguida de uma cobrança ao Estado que, segundo a deputada, afirma que o ‘caixa está cheio’, então, seria hora de investir na população, no comércio e nas empresas, ressaltando que o auxílio de R$ 150 do projeto “Ser Família” é insuficiente para matar a fome da população por 10 dias de mini lockdown.
“As pessoas estão clamando pelo alimento, por seu emprego, a situação é desesperadora, morrer pela falta de ar, mas também morrer pela falta de comida. Os auxílios que o Governo cria é insuficiente. O estado de Mato Grosso tinha que parar. É hora de dar dinheiro para a população, para empresas, comércio, para o povo, que está passando necessidade. Os R$ 150 do “Ser família”, é insuficiente, não enche uma geladeira em 10 dias de mini lockdown, isso dura poucos dias em uma casa cheia”, declarou.
A deputada disse ainda que o problema, desde o início, são as aglomerações e não o comércio. Ela sugeriu que o ideal seria criar um auxílio para as forças de segurança como estímulo à maior fiscalização no combate às aglomerações.
“Nós temos que cogitar criar auxílio para as forças de segurança, que estão à frente do combate, assim como os profissionais da saúde, estimular o combate às aglomerações. O problema está na aglomeração desde o início e não dentro do comércio”.
Ainda sobre a medida de o Governo antecipar 9 dias de feriado, como medida de isolamento social para que a população fique em casa, Janaína foi de encontro à fala de prefeitos do interior, que vão contra à ideia afirmando que a população se aglomeraria em churrascos ou em beira de rios.
“Vai ser pior de decretar 10 dias de feriado no estado de Mato Grosso e é isso que os prefeitos do interior estão dizendo, quantos churrascos e aglomerações em beira de rio estariam acontecendo se fosse feriado neste momento. Vai ser pior, vai aglomerar mais. Não é que eu seja contra nossa população, é que eu acredito que podemos fazer mais. Cadê o dinheiro que o estado está dizendo a todo momento que o caixa está cheio? Esquece nesse momento ponte e estrada e vamos salvar vidas e depois a gente corre atrás desse prejuízo”.
A emedebista terminou sua explanação na bancada da Assembleia relatando “o desconforto, pois, quem determina o lockdown são as pessoas que estão com o salário em dia: Poder Judiciário, Ministério Público, políticos. Todos nós estamos recebendo nossos salários”.
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ALMT