Ela deveria estar acima de qualquer riqueza, mas desde o começo dos tempos não recebe o valor que merece. Se desrespeitar a vida já é absurdo, vilipendiar o corpo de uma pessoa morta é algo para o qual ainda não há termo que traduza esse absurdo potencializado. Nas primeiras horas deste domingo, 7 de fevereiro, a Polícia Militar prendeu um motorista visivelmente alcoolizado, que estava desfilando com o corpo de um homem em seu carrão, uma caminhonete S10, pelas ruas de Cuiabá. Ele foi detido na Avenida Doutor Meirelles, nas redondezas do bairro Jardim dos Ipês.
De acordo com o boletim de ocorrências, a polícia foi informada de que uma caminhonete estava trafegando pela Avenida Fernando Corrêa da Costa, uma das principais da capital, com o corpo de um homem sobre o capô.
Quando os policiais localizaram o veículo, ele já estava na Doutor Meirelles e o corpo já não se encontrava mais no capô, mas na carroceria da caminhonete.
O documento descreve que os policiais questionaram o motorista sobre o ocorrido, mas ele teria respondido que não se lembrava por causa do visível estado de embriaguez, com fala desconexa, cambaleando, fedendo e com olhos vermelhos. Os policiais pediram que ele fizesse o teste de alcoolemia e, com sua recusa, lavraram o termo com assinatura de testemunhas.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atestou a morte da vítima. A Perícia Oficial Técnica (Politec) e a Delegacia de Trânsito (Deletran) foram acionadas para as devidas providências. O homem foi preso e levado à Central de Flagrantes com uso de algemas.
Por EstadãoMT
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