Intenção é buscar que o governo flexibilize medidas, liberando eventos como aniversários e casamentos, que têm público controlado
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM), e o deputado Carlos Avallone (PSDB), que é presidente do Observatório Socioeconômico, vão tentar negociar com o governador Mauro Mendes (DEM) um ajuste no último decreto para flexibilizar a realização de eventos no Estado.
O Decreto Estadual nº 783/2021, que estabelece medidas restritivas e de biossegurança para prevenção e avanço do contágio da covid-19 em Mato Grosso, proibiu pelos próximos 45 dias a realização de eventos sociais, festas, shows, atividades em casas noturnas e confraternizações com mais de 100 pessoas em espaços privados ou públicos.
A presidente do Sindicato das Empresas de Evento e Afins do Estado de Mato Grosso (Sindieventos), Alcimar Moretti, que na manhã desta quarta-feira (27) recorreu ao apoio dos deputados, apresentou à AL um ofício com cinco reivindicações visando minimizar os impactos que a categoria vem enfrentado nesta pandemia.
O Sindiventos representa mais de 5.200 empresas, que empregam mais de 6 mil funcionários diretos do segmento, e quer “políticas públicas diferenciadas” para o setor. Entre elas, a isenção do IPVA de 2021 dos veículos das empresas de eventos, a flexibilização das dívidas com entes públicos, ampliação dos prazos para pagamento de financiamentos.
“É um serviço essencial para nós. É essencial para o nosso sustento”, sustentou a presidente que considera as medidas decretadas muito rigorosas e reclama que a divulgação somente dos números negativos marginalizam o segmento. “Se eu tenho 3.244 milhões de habitantes, eu tenho pouco mais 6% de pessoas infectadas. É um percentual muito pequeno para uma medida tão rigorosa”, criticou.
Botelho garantiu apoio à categoria, para amenizar as dificuldades enfrentadas pelo setor. “Vamos levar a discussão ao governo do estado e solicitar a possível liberação de eventos controlados, onde possam ser adotadas medidas de segurança sanitária. Acho que pode haver ajustes no decreto”.
Foto: Mauricio Barbant
Fonte: Reporter MT