Obra custou R$ 1,5 mil e demorou 8 meses para ser concluída; problema existia há 2 anos
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Ponto de ônibus foi construído na principal avenida do Bairro Pedra 90
BRUNA BARBOSA
DA REDAÇÃO
Cansados de esperar por uma obra que não saía do papel, moradores do Pedra 90, em Cuiabá, se uniram para construir um ponto de ônibus na Avenida Nilton Rabelo de Castro, a principal do bairro. Ao todo, 24 pessoas participaram de uma “vaquinha” para arrecadar recursos para a obra.
De acordo com o locutor Mário Benevides, que também participou da ação, o local estava sem parada há dois anos.
No total, R$ 1.541 mil foram investidos na construção do novo ponto, que demorou cerca de oito meses para ficar pronto e foi entregue aos moradores no dia 20 de fevereiro.
Mário contou que as doações foram feitas por comerciantes e moradores e o dinheiro foi usado para pagar um metalúrgico, responsável pela execução do serviço.
Em frente ao ponto tem uma lanchonete. As pessoas esperavam o ônibus lá. Quando viam que o ônibus estava chegando, saíam correndo [para embarcar]
“Sentamos para conversar com vários comerciantes e pessoas que costumam esperar pelo ônibus naquele ponto. Cada um ajudou com quanto podia, de R$ 20 a R$ 100”, contou.
Segundo o locutor, os moradores do bairro já haviam acionando a Secretaria Estadual de Mobilidade Urbana (Semob) para relatar o problema.
“Falaram que estavam realizando uma licitação, que tudo seria renovado com a instação de contêiners. Sempre a mesma conversa, mas nada foi feito”, afirmou.
Mário já havia participado da construção de um ponto de ônibus no Bairro Jardim Industriário, há um ano.
Por conta do apelo popular de pessoas que esperam ônibus no local todos os dias, o locutor decidiu encabeçar a ação.
“Conversei com um amigo metalúrgico, que também me ajudou a construir o primeiro ponto. Ele topou de primeira, assim como os moradores do bairro”, disse.
Preocupados com o meio ambiente, o grupo projetou o ponto de ônibus com uma lixeira acoplada.
O locutor contou que, pela falta do ponto de ônibus, os moradores do bairro precisavam se abrigar da chuva e do sol em uma lanchonete próxima à avenida.
“Em frente ao ponto tem uma lanchonete. As pessoas esperavam o ônibus lá. Quando viam que o ônibus estava chegando, saíam correndo [para embarcar]”, contou.